" Sentavam-se no que é de graça: banco de praça pública. E ali acomodados, nada os distinguia do resto do nada. Para a grande glória de Deus."
Ele: Pois é. Ela: Pois é o quê? Ele:Eu só disse pois é! Ela: Mas "pois é" o quê? Ele: Melhor mudar de conversa porque você não entende. Ela: Entender o quê? Ele: Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já! Ela:Falar então de quê? Ele: Por exemplo, de você. Ela: Eu?! Ele:Por que esse espanto? Você não é gente? Gente fala de gente. Ela: Desculpe mas não acho que sou muito gente. Ele: Mas todo mundo é gente, meu Deus! Ela: É que não me habituei. Ele: Não se habituou com quê? Ela: Ah, não sei explicar. Ele: E então? Ela: Então o quê? Ele: Olhe, eu vou embora porque você é impossível! Ela: É que só sei ser impossível, não sei mais nada. Que é que eu faço para conseguir ser possível? Ele: Pare de falar porque você só diz besteira! Diga o que é de teu agrado. Ela: Acho que não sei dizer. Ele: Não sabe o quê? Ela: Hein? Ele: Olhe, até estou suspirando de agonia. vamos não falar em nada, está bem? Ela: Sim, está bem, como você quiser.
Pra ser mais especifica, saudades de ser essa pessoa que escrevia aqui. Posso dizer que ela foi feliz por algum tempo e acreditou em coisas boas... e sonhou.