sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Atrás da Porta


Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teus pêlos, teu pijama
Nos teus pés ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua

Francis Hime/Chico Buarque


Aqui a incomparável interpretação que me fez entender todo sentimento que ela encerra...
Ainda não sangrei assim (confesso que não desejo), porém há algo nela que sinto em mim...

Nas palavras de Kundera: “Mesmo nossa própria dor não é tão pesada como a dor co-sentida com outro, pelo outro, no lugar do outro multiplicada pela imaginação, prolongada em centenas e ecos”.

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