domingo, 26 de outubro de 2008
sábado, 25 de outubro de 2008
Ela cansou
Por que essa noite tem que chegar?
Se há uma lua lá fora... Ignoro
Eu não preciso mais sentir... E nem quero...
Seria tão mais fácil se eu pudesse escolher... Mas não posso.
Submetida... Submissa... Subversiva... Subumana...
Feneço...
Sei que mais tarde morrerei... A morte dos que dormem...
Minha prece?
Mas livrai-me dos sonhos... Amém.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Pedaços
terça-feira, 21 de outubro de 2008
No ônibus
Ela tinha que olha-lo nos olhos...
Ele desviou.
Ela não mais o encarou, mas sabia que ele percebeu que havia sido notado. O sentiu procurando seu olhar novamente, era o suficiente pra ela que acendeu para si um meio sorriso.
Era a sua mensagem...
E ela pôde perceber que um dia lindo havia nascido... Que tudo ia dar certo, e mesmo que tudo estivesse difícil, ao menos isso a fazia sentir a vida seguindo um caminho... Algo estava acontecendo e isto era importante...
Olha que loucura... Viu tudo isso no rosto dele. Ele era tão lindo que ela sentiu vontade de agradecer-lhe por isso.
Acreditem, ela sentiu brotar dentro de si uma gratidão profundamente poética... Quase se dirigiu ao moço que a havia acordado para dizer com um sorriso, um caloroso obrigada... Mas há convenções. Lá havia um aviso invisível que dizia: “Proibido sorrir”.
Até ali havia um sol que ela não havia sentido...
Um céu cintilantemente azul que ela não havia notado...
E muitas coisas a serem feitas...
Pessoas insistindo em seguir em frente... Mesmo que de um jeito “humano, demasiado humano”, elas seguiam... Todos os dias ao acordarem praticavam o pequeno, subversivo e significativo gesto de continuar...
E continuamos...
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Amor
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Parolagem da vida
Como a vida é nula.
Como a vida é nada.
Como a vida é tudo.
Tudo que se perde
mesmo sem ter ganho.
Como a vida é senha
de outra vida nova
que envelhece antes
de romper o novo.
Como a vida é outra
sempre outra, outra
não a que é vivida.
Como a vida é vida
ainda quando morte
esculpida em vida.
Como a vida é forte
em suas algemas.
Como dói a vida quando tira a veste
de prata celeste.
Como a vida é isto
misturado àquilo.
Como a vida é bela
sendo uma pantera
de garra quebrada.
Como a vida é louca
estúpida, mouca
e no entanto chama
a torrar-se em chama.
Como a vida chora
de saber que é vida
e nunca nunca nunca
leva a sério o homem,
esse lobisomem.
Como a vida ria cada manhã
de seu próprio absurdo
e a cada momento
dá de novo a todos
uma prenda estranha.
Como a vida joga
de paz e de guerra
povoando a terra
de leis e fantasmas.
Como a vida toca
seu gasto realejo
fazendo da valsa
um puro Vivaldi.
Como a vida vale
mais que a própria vida
sempre renascida
em flor e formiga
em seixo rolado
peito desolado
coração amante.
E como se salva
a uma só palavra
escrita no sangue
desde o nascimento:
amor, vidamor!
***
Apesar de...
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Liberdade
terça-feira, 14 de outubro de 2008
sábado, 11 de outubro de 2008
Le Fabuleux destin d'Amélie Poulain
– Alguém do quadro?
– Não, mais um rapaz conhecido noutro lado... Mas sente que são parecidos, ela e ele.
– Dito de outra maneira, ela prefere imaginar uma relação com um ausente a criar laços com os presentes?
– Ou talvez tudo faça para emendar a baralhada de vida dos outros.
– Mas a baralhada da vida dela, quem emenda essa?
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Nostalgia
E de repente... Não nos pertencem mais.
É... Elas eram suas, te pertenciam.
Havia a magia de ser parte de um todo que era mais que a soma das partes.
De repente nos deparamos com o efêmero, e quando nos espantamos tudo que nos resta é a nostalgia...
As pessoas se foram...
Mas como se foram?!
Você ainda as vê, ainda cruza com elas por corredores... Sabe que elas continuam vivendo, sonhando, cheias de medos, fúria, amor...
Você as vê e pensa: “Aprendi ‘isto’ com ela, ela era tão importante, como posso agora dizer apenas um ‘oi’ ou um ‘tudo bem’ (sendo que nada está bem...)”.
Tudo que você quer é ser parte daquele “todo” novamente...
É voltar àquela festa, em que vocês choraram juntas, depois de várias doses... Aquela na qual vocês fizeram planos, falaram de política sem entender nada dela... Aquela em que você soltou a frase daquele escritor que não a tinha dito... Onde tudo era descoberta, tudo era novo, onde a música da geração passada despertava na nossa novos sentimentos...
Mas as pessoas se foram... Elas mudaram... Você mudou...
Não sei por que isto acontece... Não deveria ser assim...
As melhores pessoas deveriam transbordar. Só acumularem em nossas vidas...
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Ausência
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
sábado, 4 de outubro de 2008
With A Little Help From My Friends
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
História Poética
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Senti-me um saco plástico um dia desses...
E havia eletricidade no ar...
Quase dá pra ouvir... né?!
E esse saco tava... dançando, comigo...
Como um garotinho implorando pra brincar...
Durou 15 minutos...
Foi nesse dia que eu percebi que havia vida por trás das coisas...
E essa incrível força benevolente, que queria que eu soubesse que não havia razão pra ter medo... Nunca.
O vídeo é uma substituição inferior, eu sei... Mas ajuda a me lembrar...
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Traduzida pela Hilda mais uma vez
Toma-me. A tua boca de linho sobre a minha boca
Austera. Toma-me AGORA, ANTES
Antes que a carnadura se desfaça em sangue, antes
Da morte, amor, da minha morte, toma-me
Crava a tua mão, respira meu sopro, deglute
Em cadência minha escura agonia.
Tempo do corpo este tempo, da fome
Do de dentro. Corpo se conhecendo, lento,
Um sol de diamante alimentando o ventre,
O leite da tua carne, a minha
Fugidia.
E sobre nós este tempo futuro urdindo
Urdindo a grande teia. Sobre nós a vida
A vida se derramando. Cíclica. Escorrendo.
Te descobres vivo sob um jogo novo.
Te ordenas. E eu deliquescida: amor, amor,
Antes do muro, antes da terra, devo
Devo gritar a minha palavra, uma encantada
Ilharga
Na cálida textura de um rochedo. Devo gritar
Digo para mim mesma. Mas ao teu lado me estendo
Imensa. De púrpura. De prata. De delicadeza.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Atrás da Porta
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teus pêlos, teu pijama
Nos teus pés ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua
Francis Hime/Chico Buarque
Ainda não sangrei assim (confesso que não desejo), porém há algo nela que sinto em mim...
Nas palavras de Kundera: “Mesmo nossa própria dor não é tão pesada como a dor co-sentida com outro, pelo outro, no lugar do outro multiplicada pela imaginação, prolongada em centenas e ecos”.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Do Desejo
O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca, mas descomedida
Árdua
Construtor de ilusões examino-te sôfrega
Como se fosses morrer colado à minha boca.
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer.
Hilda Hilst
Hoje sou carne...
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Pesadelos?
Porém, adormecida, tive a dose de realidade que mereço.
Como me perturba estas oscilações de humor...
Estão cada vez mais freqüentes.
Preciso livrar-me desta realidade
Esperarei acordada
Olharei no fundo dos seus olhos
E direi as palavras que lhe lançaram no nada absoluto
O lugar onde ela mereçe estar, e de onde nunca deveria ter saído.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Le Petit Prince
Antoine De Saint-Exupéry
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Habitante da cidade Amandopracaralho
Por alguém que se entrega a você sem pestanejar...
Que pensa em você em demasia só pra conseguir enfrentar dias inteiros ausentes de teus abraços e carinhos, da tua presença real, da tua boca...
Mas que te quer tanto que chega a te sentir por perto...
Que já dividiu a própria existência em antes e depois de ter-te encontrado...
Que sintonizou a própria mente na freqüência dos teus pensamentos...
Que projetou uma cidade em seu coração só pra te abrigar lá dentro...
Que ficaria sozinha nesta cidade só pra te ver feliz. Mesmo que com isso, ela se torne ruínas em um coração partido...
Mas esta pessoa, ficaria nessas ruínas, sozinha, pra não te ver sofrer...
Por uma pessoa que, depois de te encontrar, só consegue imaginar-se ao teu lado...
Por alguém que se recusa a aceitar que você é humano, pois te acha tão sublime que só pode considerar-te saído dos sonhos dela, e não saído de uma humanidade corrompida pela falta de esperança, característica a tempos em que sentimentos raros foram considerados extintos. Eles não percebem que seu próprio medo os impedem de despertar esses sentimentos e não se arriscam a lutar por eles...
Mas esta pessoa, esta que te ama tão decididamente, sabe o quanto isso é raro, sabe que não pode perde-te, que não pode abrir mão disso. E se o universo não deseja conspirar a favor deste amor estúpido que ela senti, ela não liga.
Veja só, você já pensou?
Ser tão intensamente AMADO a ponto deste ser que te ama ignorar o universo?
Barreiras... Esta pequena singularidade que é este ser que te ama, está disposta a enfrentá-las pra te sentir bem perto.
E a realidade? Onde ela fica nisso tudo?
Todas as barreiras e dificuldades que este SER tem que enfrentar, é a prova cabal de que isto tudo está no terreno do mundo REAL.
A linha tênue que separa o sonho da realidade já foi percebida.
domingo, 7 de setembro de 2008
sábado, 6 de setembro de 2008
Amor
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A 'vidinha' é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende."
Miguel Esteves Cardoso, in O amor é fodido
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Metade
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Amor
Que criatura mágica é você que pode fazer uma pessoa feliz, sem nem ao menos tocá-la?
Que feitiço é esse o seu?
Como você pode fazer com que alguém sinta esse mistério que é a felicidade, alguém que antes pensava que isso era uma quimera [e esse alguém adora essa palavra...] de mentes utópicas com corações ingênuos...
No entanto, depois do seu encanto, esse alguém senti essa felicidade todos os dias, desde o momento em que acorda e o primeiro pensamento que lhe vem a cabeça é você, até quando vai dormir e a última pessoa em que pensa lhe fez feliz o dia inteiro só por existir...
Este alguém agora não pára de flutuar... Exibe distraidamente um sorriso bobo, que de vez enquanto é acionado sem seu menor controle...
E ama... Ama de verdade... Ama com a intensidade que você ajudou a nascer dentro dela... E ela nunca amou antes...
Ela já leu poemas sobre isso, já ouviu vários depoimentos sobre tudo isso, ouviu músicas, assistiu a filmes... Imaginou que fosse maravilhoso, mas só agora entendi os poemas, pode dá seu depoimento, fazer sua própria música, imaginar-se num filme... Só agora pode senti-los percorrendo seu corpo de verdade... Agora sabe que tudo isso não é só maravilhoso, mas sublime [e essa palavra é a chave de tudo isso...]
E tudo isso a faz finalmente se sentir inteira, finalmente ela está completa...
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Cabível?
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Película
Película essa que o deixa exposto.
Ela não é resistente a pancadas, não evita feridas.
Sua única função é protegê-lo
Que tipo de proteção ela pode oferecê-lo?
De esconder-se, ela o protege...
Ela sabe que com as dores e feridas ele pode querer isso
Que ele pode tentar desaparecer...
Então ela o protege...
Faz com que onde quer que vá não possa ocultar-se
Que sempre seja visto, mesmo que cheio de hematomas.
Ela não o protege dos choques, dos baques, pois só existe...
Porém, o protege de si mesmo por existir.
Às vezes quando ele chora e lhe suplica que o deixe ir
Ela lhe recita poemas... Abraça-lhe forte...
Fala do amor, do qual ela é serva fiel
E canta até pô-lo nos braços de Morfeu...
Meu coração não sabe até quando vai precisar dela
Mas não quer perdê-la...
Talvez a mantenha ali durante toda sua existência
Protegendo-lhe de desistir.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Hilda Hilst
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Notificação
Avisem, por favor, a todos que ela cansou.
Das roupas, das palavras, Deus! Até mesmo dos sorrisos...
Ela está completamente cansada, ficará nua...
Não cobrir ou encobrir nada... Deixará tudo às vistas de todos...
Ficará muda.
Do que adiantam as palavras agora que ela cansou
Do que ela está cansada?
Da busca, da busca incessante que é viver.
Do peso, das toneladas de metros e quilômetros e litros.
E todas as medidas sem sentido que fazem o ser pesar
Ser única? Jamais conseguirá.
Agora ela está parada, na frente do nada.
Fita desafiadoramente o nada
Nem ousa pensar, pensar implica atividade.
Nem mesmo quer não sentir suas ligações cerebrais concebendo seus pensamentos.
Não sentir ou comandar seu corpo mantendo-a viva... Cansou.
Não fará poesia de seu cansaço...
Palavras... Ela está irremediavelmente cansada delas
Não lhe interessa que seu cansaço gere rimas com sentido
Cuidadosamente pontuadas
Instigantes... Perigosas... Ou... Afiadas...
Avisem.
terça-feira, 29 de abril de 2008
Tentativa de Haikai, resulta em suicidio poético
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Matutações
E se elas realmente esperassem, agüentariam o peso de saber todos os problemas de todos os conhecidos e amigos que eram questionados? A mãe e esposa frustrada porque os filhos e marido não lhe dão atenção, esta começaria a chorar porque era uma dor tão grande amar tão intensamente e não receber o mesmo em troca, "coitada", pensaria o interlocutor?, "Então ta, até mais ver...", diria?
E o amigo que perdeu o emprego, a família está passando fome, as dividas não param de aumentar, disseram para ele não chorar, porque é um homem... Mas tudo que ele quer é um ombro que não se incomode em ficar encharcado com as lágrimas de um homem desesperado... O que recebe? Uma batidinha nas costas e "As coisas vão melhorar, cara, seja homem".
Relações de plástico são o que temos? Mas é educado perguntar como vai, mesmo que você nem pare pra ouvir a resposta, mesmo que você nem pare pra dar a resposta... Será que você percebe ao menos o que está perguntando? Será que sabemos o que é um "Bom Dia", uma "Boa noite", um "Tudo Bem?", desejamos isso toda hora, mas não nos damos ao trabalho de imaginar, ao menos, como um dia pode se tornar bom para aquela pessoa, o que levaria a uma boa noite para aquela mãe e esposa, pro amigo desempregado, como tudo pode ficar bem?
É educado perguntar como vai, é solidário parar pra ouvir, é corajoso parar pra responder.
É uma sociedade educada a que possuímos, mesmo que não faça sentido, mesmo que tudo não passe de aparências. Mesmo que seja mais calorosa uma solidária e corajosa.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Procuro
As que já existem não bastam, não servem
Onde estão as minhas!?!
Quero gritá-las mas não vêem
Elas não saem...
São minhas ninguém mais pode dizê-las...
Somente eu posso gritá-las...
Somente as minhas podem dizer tudo...
Mas onde estão as minhas palavras...
Eu as amo porque podem exprimir
o que cá dentro é inexprimivel
Eu as odeio porque podem me deixar nua...
não, não posso mostrar minha alma...
Mas como quero dize-las!
Há outras tantas, sei, mas só as minhas servem...
Escondem-se...
Tão espertas... Escapam sorrateiramente
Passam fazendo estrago por onde mais dói
E fogem de mim pelos olhos...
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Padecer
De resto, sou de toda fragilidade
Submeto-me a incapacidade inerente de entender-te
a aptidão nata de sentir-te em todo teu desconhecido significado
E me pergunto, como posso sentir tão perfeitamente algo que mal, entendo?
quarta-feira, 19 de março de 2008
TRÊS
Depois do dois quem o aguardaria?
Tão problemático...
Forma o triângulo... que coisa divertida é o triângulo
O terceiro elemento ri do equilíbrio
Tudo ficaria muito bem obrigado, somente com o dois
Mas o três não se aguenta, pode esperar, ele sempre vem
Por isso gosto dele
O um é tão sem graça, bem choxinho...
Não impõe presença e mesmo que pense o contrário
Bem, encaremos o fato ele não se basta...
Então vem o dois... haha um complemento...
Reles equilíbrio... mas o três...
Ah, ele dá o que falar pode até estragar tudo
mas é o tempero, é o motivo... o pivô
Como é interessante...
Tão safado e sem escrúpulos,
tão ímpar e descompleto... tão arrasador...
Ah, mas que graça teria se ele não existisse...
No três está a continuidade
O ânimo
O empurrão para frente
Um sentido para a luta.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Um título...
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Um mestre ensina...
domingo, 20 de janeiro de 2008
A idiotice é vital para a felicidade.
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo,soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?
hahahahahahahahaha!...
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí,o que elas farão se já não têm por que se desesperar?
Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.
Dura, densa, e bem ruim.
Brincar é legal. Entendeu?
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço,não tomar chuva.
Pule corda!
Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.
Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.
Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.
Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são:passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!